sexta-feira, 12 de outubro de 2007

One day

Someday me and you
Will be less than two.
One day we'll become
No more than one.
For that day I can’t wait
But one single mistake,
One error, would destroy
The life we’ll both enjoy.
It will be more than fine
The day I’m yours and you are mine.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Sorriso Teu

Tão envolvente,
Tão presente,
Sinto-te aqui,
Vejo em ti,
O céu sem fim.

Cujo azul me toma,
Em teus braços fêmeos
E assim me doma.

Será isto paixão?
Provávelmente não.
Neste mundo onde nada é certo
E a tudo mim liberto
Apenas tomo como garantido
Em teu rosto sorriso querido.

Como querido tenho
Aquilo que não é meu
Por certo roubo
O que é só teu.

Que será de mim
Se isso se esvanecer?
Inultimente vou perder
A eternidade a procurar
Algo tão doce para amar.

Será busca condenada
Pois melhor que teu sorriso,
Tão lindo e indeciso,
Não há mais nada.

sábado, 6 de outubro de 2007

O Velho

O velho entrou.
Seu olhar langue
Meu corpo trespassou,
Congelou-me o sangue.

Perdidos estavam
Seus olhos que fitavam
O infinito ou mais além.
Tudo isto sem ver ninguém.

Cego não era
ou não o parecia
mas olhar já dera
tudo o que poderia.

Nele ninguém notou
Era só mais um
Velho tão comum
Cuja vida já passou.

O eléctrico arrancou
O homem ficou
Parado no seu lugar
Sem sequer falar.

A viagem decorreu
Nele ninguem perdeu
Mais tempo a pensar
Até aquilo começar.

À sua volta álguem gemeu
Um grito indignado deu.
Não tardou que terminasse
Daquela gente dele afastar-se.

Só então reparei
Vi o que nunca sonhei:
O homem nem via,
Normal lhe parecia,
Da boca lhe caia
Saliva dali escorria.

Para geral tormento
Um único fio
De liquido nojento
- de baba e ranho –
Caia grosso e lento.

Ao principio foi nojo,
Repulsa e gozo
Como eu reagi
De seguida percebi.

Depois veio a pena:
Pobre do homem,
Nem sabia que fazia,
Decerto não o merecia.

Também eu fiz asneiras
- tive várias bebedeiras –
Mas não mereço castigo tal
Que nem saiba que faço mal.

Não quero andar
Aí pelos cantos
Afogar-me em prantos
Vendo o mundo passar
E não conseguir estar
Sem liquidos largar.

Se eu chegar à idade
Peço-vos por favor
Que façam de vosso labor
Aumentar a mortandade.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Destino

Vejo a teia do Destino
Prearar-me o caminho.
Como que por acidente
A vida corre, demente.

Não foi como planeado,
No fim vi-me tramado.
Éramos bastantes
Ficámos menos que dantes.

Fomos quatro: um casal
E dois que acabaram mal.
O romance anda pelo ar,
Era inevitável como iria acabar.

Os outros apaixonados
Afastaram-se enamorados
Os restantes trocaram olhados
Sózinhos e abandonandos.

Com tristeza eu sabia
Que era como ela queria.
De meus escritos de solidão
Ela inundava-se de paixão.

Ela veio até mim,
Contrariado o permiti,
Senti dela o calor
Na minh’alma dor.

Ela beijou-me
Eu recusei.
Porque não o aceitei
Mal eu sei.

Jovem mulher
Tão caida por mim
Mas não era a que eu queria
E nao conseguia fingir ser.

Não sei se foi,
Por egoismo puro
Ou se por ela
Fui duro.

Disse-lhe que não,
Recusei sua paixão,
Larguei sua mão
Que passou a agarrar
Perdido coração.

Senti-me mal
Quem era eu
Para recusar qualquer rapariga,
Ainda por cima uma tão querida?

Ja sabia que iria sofrer
Mas porque tive que passar
O sentimento de perder
A rapariga tão feliz?

Já sabia que ia acontecer
Mas nada podia fazer
Para evitar
Que o amor se fosse dar.

Destino cruel,
Traiçoeiro e infiel.
Se eu me dou a ti
Que queres mais de mim?

Com este dom que me deste
Já esperava que fosses agreste,
Mas porque te tiveste que dar
A quem não fez mais que amar?

PS: a versão porca fica para quem a conheceu e espero que se esqueçam disso e que nao marquem o poema com ela.

Poesia minha

Porque escrevo tão bem
Sobre o que não conheço?
Por tudo o que não sei
Percebo que não mereço.

Não devia ser assim!
Tinha que escrever mal e porcamente,
Para que tudo o que vem de mim
Fosse honesto e diferente.

É tudo trabalhado,
Destruido, retocado,
Fingido, desamado.

Os que não o são
Não os escrevo,
Pois são terriveis,
Brutos e cruéis.

Finjo tanto o que sinto
Que nem sei se minto
Poi não sei tambem
Se alguma vez senti
Aquilo que sonhei.

Hoje parece-me tudo falso,
Trabalhado p’ra ficar bonito,
Destruindo aquilo que sinto.
Mas amanhã farei um poema,
Pegando em pequeno sentimento´
Engradecendo-o como grande
E farei meu novo dilema
De meros pensamentos.

Nada virá do coração,
Seja de paixão ou solidão.
Vem tudo da minha testa
Aniquilando qualquer réstia
Do que chamamos sensação.

Tudo sera falso novamente,
Irão gostar certamente,
Pois sentirão a dor
Que eu nunca conheci
E apenas finji
Que um dia a senti.