terça-feira, 2 de outubro de 2007

Destino

Vejo a teia do Destino
Prearar-me o caminho.
Como que por acidente
A vida corre, demente.

Não foi como planeado,
No fim vi-me tramado.
Éramos bastantes
Ficámos menos que dantes.

Fomos quatro: um casal
E dois que acabaram mal.
O romance anda pelo ar,
Era inevitável como iria acabar.

Os outros apaixonados
Afastaram-se enamorados
Os restantes trocaram olhados
Sózinhos e abandonandos.

Com tristeza eu sabia
Que era como ela queria.
De meus escritos de solidão
Ela inundava-se de paixão.

Ela veio até mim,
Contrariado o permiti,
Senti dela o calor
Na minh’alma dor.

Ela beijou-me
Eu recusei.
Porque não o aceitei
Mal eu sei.

Jovem mulher
Tão caida por mim
Mas não era a que eu queria
E nao conseguia fingir ser.

Não sei se foi,
Por egoismo puro
Ou se por ela
Fui duro.

Disse-lhe que não,
Recusei sua paixão,
Larguei sua mão
Que passou a agarrar
Perdido coração.

Senti-me mal
Quem era eu
Para recusar qualquer rapariga,
Ainda por cima uma tão querida?

Ja sabia que iria sofrer
Mas porque tive que passar
O sentimento de perder
A rapariga tão feliz?

Já sabia que ia acontecer
Mas nada podia fazer
Para evitar
Que o amor se fosse dar.

Destino cruel,
Traiçoeiro e infiel.
Se eu me dou a ti
Que queres mais de mim?

Com este dom que me deste
Já esperava que fosses agreste,
Mas porque te tiveste que dar
A quem não fez mais que amar?

PS: a versão porca fica para quem a conheceu e espero que se esqueçam disso e que nao marquem o poema com ela.

1 comentário:

Nya disse...

Bem... eu fui uma que viu a "outra" versão do poema e sinceramente prefiro esta. A outra, como diz o Mauro, foi tipo "what a hell is this" mas claro como o bom poeta que és saiu um espetáculo.
Mudando para assuntos mais pessoais...
Quer dizer que o senhor anda a partir corações??
bjs Ni