terça-feira, 2 de outubro de 2007

Poesia minha

Porque escrevo tão bem
Sobre o que não conheço?
Por tudo o que não sei
Percebo que não mereço.

Não devia ser assim!
Tinha que escrever mal e porcamente,
Para que tudo o que vem de mim
Fosse honesto e diferente.

É tudo trabalhado,
Destruido, retocado,
Fingido, desamado.

Os que não o são
Não os escrevo,
Pois são terriveis,
Brutos e cruéis.

Finjo tanto o que sinto
Que nem sei se minto
Poi não sei tambem
Se alguma vez senti
Aquilo que sonhei.

Hoje parece-me tudo falso,
Trabalhado p’ra ficar bonito,
Destruindo aquilo que sinto.
Mas amanhã farei um poema,
Pegando em pequeno sentimento´
Engradecendo-o como grande
E farei meu novo dilema
De meros pensamentos.

Nada virá do coração,
Seja de paixão ou solidão.
Vem tudo da minha testa
Aniquilando qualquer réstia
Do que chamamos sensação.

Tudo sera falso novamente,
Irão gostar certamente,
Pois sentirão a dor
Que eu nunca conheci
E apenas finji
Que um dia a senti.

1 comentário:

Nya disse...

A poesia meu caro, é sempre mentirosa, nunca escrevemos nua e cruamente o que pensamos e o que sentimos... o ser humano não é capaz de sentimentos tão belos. Mas para a nossa salvação, que são os poetas, esses extraterrestres sensiveis,existem e conseguem domar a poesia para que não seja tão falsa.
Sei que não estou a dizer coisa com coisa, estou muito desorientada.
mas uma coisa opbejectiva consigo te dizer: BRAVO!!!