sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

eu, tu e o infinito

Cada olhar que me deitas
Percorre-me a espinha
Magoa-me mas penso:
“Quando serás minha?”

A resposta que ouço mais
Doi-me como tudo: “Jamais!”
Sou eu que a digo
Preenchido de receio tremido.

Ignoro sempre que posso
Ignoro tudo, até o mundo,
Mas lembro tua face doirada,
Que me alegra, minha amada.

Perdidos no tempo,
Encontrados no pensamento
Não importa onde estamos
Mas sózinhos nos juntamos.

Unidos no nada
Só eu e tu
De tudo despidos,
De tudo nus.

Nada nos rodeia,
Apenas o infinito,
Que em nós semeia
Amor e delito.

Estamos tão perto
Que até é certo
O amor que em mim permanece
Quando teu sorriso me aquece.

Abraço teu corpo
Tu respondes ao abraço
Como um ficamos
Perdidos no espaço.

Juntos no infinito
Nada importa mais
Que o teu sorriso,
Mais belo que os demais.

O nada nos une
E nada nos separa
Voamos a mil à hora,
Para sempre e agora.

Somos interrompidos,
Um grito qualquer
Impediu-nos de prosseguir,
Nosso antro de prazer.

Separados de novo
Mas para sempre juntos
Olho as estrelas
E mesmo sem vê-las

Sei que há duas,
As mais belas que são
Como minhas mãos
Agarrando as tuas.

2 comentários:

Nya disse...

Tipo assim não dá!!!
Sempre que leio este poema...fico mesmo sem palavras. E prontos a "Rainha das Trevas" cala-se por alguns segundos. Mas muito poucos.
Parfait...

Ana Isabel disse...

gostei tanto...

há abraços que são assim.